Aleatoriedade

by - 19:57



Eu grito, choro, esperneio, peço colo. Me abalo com o inabalável e quebro o que já foi inquebrável. Eu sou uma mistura de cafeína com camomila. Não ligo pra opinião alheia, não sigo a ideia de ninguém. Sigo minha mente e o que acho que me convêm. Eu sou a filha adotiva de um casal que briga, mas que eu sei que me ama demais. Eu tenho uma irmã mais nova, que bem, é meu tesourinho. 
Eu sou apenas uma menina mulher, posso ter crescido por fora: peitos, bunda, altura. Mas por dentro, carrego aquele coração de menina que da alma transpira a vontade de viver. 
Eu canto quando não tem ninguém olhando, falo inglês sozinha e converso com as paredes. Tenho ideias bizarras, imagino minha futura casa e planejo tudo que eu quero viver. Carrego sonhos, desejos, vontades e determinação. 
Já passei por dias ruins, onde eu só queria sumir desse mundo, ter coragem de ir embora. Ter a coragem de matar a coisa ruim que crescia dentro de mim e decepcionar quem só queria coisa boa, também pra mim. 
Já fiz besteira, raspei a sobrancelha sem nem passar no vestibular. Pintei o cabelo de rosa, bebi coca cola e fugi do colégio. 
Já me peguei olhando pro nada e pensando em tantas coisas, que fizeram minha cabeça doer. Já escrevi músicas, histórias e roteiros. Já sonhei que era contratada pela Netflix pra dirigir a próxima série deles. 
Já fiz tanta coisa. Mas, tem coisa que eu não fiz, e tem coisa que eu não vou fazer. 
Mas, quando me olhar no espelho, não vou ter vergonha do que vejo e sim, respeito. Porque eu sei, que to vivendo e lutando pra formar o que aquele reflexo ainda vai olhar.

O que devia ser um poema, preferi deixar assim. Acontece que ele tem muitos pontos e acaba sendo engraçado a forma como foi pensada, veja: eu estava sentada, com o computador na mão e várias frases na cabeça. Quando coloquei todas no papel, deu nisso. 
Se meu coração não falar que é um poema, não vai ser. Vão ser apenas frases que se juntam, pra dizer quem Gabriella é.

(Gabriella Acioli)

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